O transtorno de pânico ou síndrome do pânico é caracterizado por crises de ansiedade que envolvem muito medo e desespero causando no indivíduo sintomas físicos e emocionais. A este tipo de crise de ansiedade podemos chamar de ataques de pânico.
A pessoa que sofre de transtorno de pânico, pode ter ataques de pânico a qualquer momento por diversas vezes. Após o primeiro ataque de pânico, o indivíduo desenvolve uma ansiedade antecipatória e ideações sobre ataques futuros. Tem a sensação de que vai morrer e não consegue controlar a si mesmo. Com isso, fica sempre preocupado e com medo de novos ataques surgirem inesperadamente, desencadeando alterações em seu comportamento, ou seja, por medo de ter novas crises, a pessoa evita determinadas situações, podendo chegar ao extremo de não sair mais de casa sozinho. Na maioria das vezes desenvolve-se a agorafobia (medo de espaços abertos e locais com multidão).
Para diagnosticar um transtorno de pânico, os ataques de pânico devem ser recorrentes ou inesperados e apresentar pelo menos quatro dos sintomas abaixo relacionados:
- Taquicardia.
- Sudorese.
- Calafrios.
- Tremores.
- Sensações de falta de ar ou sufocamento.
- Tontura, vertigem ou sensação de desmaio.
- Sensação de dormência ou formigamento.
- Dor ou desconforto toráxico.
- Náusea ou desconforto abdominal.
- Medo de perder o controle ou “enlouquecer”.
- Medo de morrer.
- Medo de desmaiar.
- Desrealização (modifica a realidade).
- Despersonalização (sensação de estar se distanciando de si mesmo).
Acredita-se que fatores genéticos, psicológicos, ambientais, sociais, e uso de certos medicamentos, drogas e álcool podem contribuir no desenvolvimento da síndrome.
O tratamento para se tornar eficaz, faz-se necessário a combinação de medicamentos com a psicoterapia, em especial a terapia cognitivo-comportamental.
Erica Jares - Psicóloga Clínica
Fonte de pesquisa: DSM-V (Manual Diagnóstico e Estatístico de Distúrbios Mentais).